segunda-feira, janeiro 08, 2007

SURFE


ONDE SURGIU O SURFE?
O sustento dos nativos da Polinésia era a pesca. Há mais de 1 000 anos, muito habilidosos no mar, desenvolveram embarcações especiais para voltar rapidamente do barco à terra firme, mesmo em águas furiosas. Quase nus, com a barriga e o peito colados nas tábuas de madeira, eles surfavam. Essa tecnologia acabou até virando um ritual com raízes religiosas e culturais. Ficar em pé, por exemplo - modalidade aperfeiçoada no Havaí - era privilégio de reis e rainhas. Por volta de 1777, ao chegar no Havaí, o navegador inglês James Cook (1728-1779) pôs pela primeira vez os olhos de um homem branco sobre os surfistas. No primeiro registro histórico, descreveu o que viu como "perigosa diversão". Logo os missionários europeus consideraram a prática imoral e a proibiram. Em 1912, o nadador havaiano Duke Paoa Kahanamoku (1890-1968) conquistou a medalha de ouro de natação nas Olimpíadas da Suécia e avisou ao mundo que treinara surfando. Batizado de "homem-peixe", esse atleta é considerado o pai do surfe moderno.


POR QUE O SÍMBOLO DA MEDICINA É UMA COBRA?
A ofiolatria - ou culto à serpente, em português claro - era muito comum nas civilizações antigas. "A cobra seria o bem e o mal, a sagacidade e a imortalidade, o elo entre o mundo conhecido (a superfície da Terra) e o desconhecido (os subterrâneos)", afirma Joffre de Rezende, da Universidade Federal de Goiás, membro da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Na Grécia, serpentes circulavam pelos templos do deus da medicina (Asclépio em grego, Esculápio em latim) e eram consideradas benéficas aos pacientes. Quando uma peste atacou Roma, em 293 a.C., os romanos buscaram uma dessas cobras. Quando a epidemia declinou, acreditaram que o animal representava o poder desse deus. "Nas esculturas descobertas em escavações arqueológicas da civilização greco-romana, Asclépio sempre está segurando um bastão de madeira no qual está enrolada uma serpente", diz Joffre. Esse bastão representaria a árvore da vida: a perpetuação do ciclo de morte e renascimento que ocorre na natureza. Sem ele, portanto, o símbolo estaria incompleto.

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