terça-feira, janeiro 16, 2007

CREMAÇÃO

COMO É FEITA A CREMAÇÃO DE CADÁVERES?

Basicamente, os corpos são colocados em fornos e incinerados a temperaturas altíssimas, fazendo carne, ossos e cabelos evaporarem. Só algumas partículas inorgânicas, como os minerais que compõem o osso, resistem a esse calor para lá de intenso. São esses resíduos que compõem as cinzas, o pozinho que sobra como lembrança dos restos mortais de uma pessoa cremada. "No corpo humano, não existe nenhuma célula que tolere uma temperatura maior que 1 000 ºC. Um calor como esse é suficiente para derreter até metais", afirma o médico legista Carlos Coelho, do Instituto Médico Legal de São Paulo. Apesar da aparência de prática moderna, a cremação é uma tradição de quase 3 mil anos. "Para as religiões do Oriente, queimar o cadáver é uma prática consagrada. O fogo tem uma função purificadora, eliminando os defeitos da pessoa e libertando a alma", diz o perito criminal Ugo Frugoli. No mundo ocidental, por volta do século 10 a.C., os gregos já queimavam em fogo aberto corpos de soldados mortos na guerra e enviavam as cinza para sua terra natal. Apesar desse histórico, a cremação foi considerada ilegal em várias épocas, principalmente por motivos religiosos. Para os judeus, por exemplo, o corpo não pode ser destruído, pois a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição. Já os espíritas pedem que o cadáver não seja incinerado antes de 72 horas - segundo eles, esse é o tempo necessário para a alma se desvincular do corpo. Entre os católicos, evangélicos e protestantes, não há restrições tão severas. No Brasil, a cremação é regulada pela Constituição. Quem quiser ter o cadáver reduzido a pó precisa deixar essa vontade devidamente registrada, com documento assinado por testemunhas e reconhecido em cartório. No fim de tudo, pode ser opção econômica para quem não tem onde cair morto. Enquanto um sepultamento simples custa pelo menos 200 reais, o serviço pago em um crematório público numa cidade como São Paulo, por exemplo, sai a partir de 105 reais.
De volta ao pó

1. O processo de cremação começa quando a pessoa ainda está viva. Não se assuste - é que ela precisa registrar em cartório a vontade de ter seu corpo transformado em pó. Em relação a um sepultamento comum, as diferenças aparecem depois do velório, quando o caixão não é levado até a cova, mas para uma sala refrigerada. Em alguns crematórios, um elevador se abre no chão e desce com o corpo até o andar de baixo, onde ficam as geladeiras
2. No subsolo funciona a chamada câmara fria. No crematório de São Paulo, por exemplo, o cômodo gelado é uma sala revestida de azulejos e com isolamento térmico, onde ficam prateleiras metálicas com capacidade para até 4 caixões. Os falecidos passam 24 horas no frio. Nesse período, a família ou a polícia podem requisitar o corpo de volta, no caso de mortes violentas como assassinatos
3. Depois de um dia na geladeira, o cadáver entra em um forno com todas as roupas e ainda dentro do caixão - apenas as alças de metal são retiradas. Sustentado por uma bandeja que impede o contato direto com o fogo, o caixão é submetido a uma temperatura de 1 200 ºC. Esse calor faz a madeira do caixão e as células do corpo evaporarem ou volatilizarem, passando direto do estado sólido para o gasoso. O cadáver começa a sumir
4. Depois de até duas horas no forno, apenas partículas inorgânicas como os óxidos de cálcio que formam os ossos resistem à onda de calor. Esses restos são colocados no chamado moinho, uma espécie de liquidificador que tritura os ossos com bolas de metal que chacoalham de um lado para o outro

5. O moinho funciona por cerca de 25 minutos. Depois dessa etapa, as cinzas em pó são guardadas em urnas e entregues à família do morto. No final do processo, uma pessoa de 70 quilos fica reduzida a menos de um quilo de pó. Em uma cidade como São Paulo, uma cremação custa a partir de 105 reais, metade do preço de um enterro simples

10 comentários:

Unknown disse...

Eu gostaria de saber se há algum crematório público funcionando no Brasil?

Obrigada.

Glaer Giane C. Fernandes
jornalistag@gmail.com

Antônio disse...

105 reais por uma cremação só pode ser uma piada, e de mau gosto.

Anônimo disse...

Olá. Estou construindo uma base de pesquisa direcionada para o consumo dos serviços e produtos de consumo funerarios(Crematorio; E gostaria de saber se você poderia disponibiliza informações sobre o tema. OBRIGADO. alessandro317@hotmail.com

Anônimo disse...

Amigo, você está completamente enganado quanto ao custo de uma cremação, aqui em Belo Horizonte sai em média de 3.000,00 o valor somente da cremação sem contar a parte de funerária, caixão e etc...

Unknown disse...

105 reis só se for na conchinchina
minha irmã foi cremada ontem 21/10 e só a parte da cremação foi 1.100,00 reais, fora o caixão transporte etc

Anônimo disse...

valeu cara voce respondeu minha duvida.

vania ribeiro disse...

eu estava cuidando de uma senhora idosa mãe do meu patrão vi ela morrer praticamente em meus braços estou muito triste , e a familia cremou o corpo dela hoje não concordo com a cremação acho um ato brutal saber que ontem ela estava em meus braços e agora somente cinzas, me sentiria melhor de saber que mesmo morta o corpo dela ainda estaria aqui ente aspas

Unknown disse...

OLA BOM DIA GOSTEI DA IDEIA, GOTARIA DE SABER SE E CARO PRA SER FAZER UM CREMATORIO, E COMO E FEITO PROSCESSO, DE QUE ORGAO E FEITO A LIBERAÇAO, QUAL A ESTRURA QUE PRESCISA . OBRIGADO, E SE EU FOR ATENDIDO FICAREI MUITO GRATO.

Anônimo disse...

105 reais só se for lá na gruta da Vila Cruzeiro no Complexo do Alemão, com forno operado pelo Elias Maluco.

Unknown disse...

queria saber, me disseram que retiram os orgãos do falecido, é verdade?